Os encantos da mulher e a construção de relacionamentos perenes
Os encantos da mulher e a construção de relacionamentos perenes
Data de Publicação: 21 de janeiro de 2025 10:53:00 O artigo de Abilio Wolney Aires Neto busca na relação de Cleópatra com Júlio César e Marco Antônio, para destacar que a sedução feminina vai além da beleza, envolvendo inteligência e empatia. O autor propõe que os relacionamentos precisam de renovação constante e diálogo para se manterem saudáveis, convidando à reflexão sobre o que sustenta os vínculos afetivos ao longo do tempo. (Antônio Oliveira)
Imagem: thechroniclesofhistory.wpcomstaging.com
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Por Abilio Wolney Aires Neto*
Caio Júlio César, o famoso general e imperador romano manteve um relacionamento perene com Cleópatra, com quem teve um filho, que ela apresentaria mais tarde como herdeiro legítimo tanto do Egito quanto de Roma.
Com a morte de Júlio Cesar, ela se casou com Marco Antônio, general aliado e integrante do 2º triunvirato, com quem teve 3 filhos.
Ao redigir artigo em disciplina da Faculdade de História, tive o desejo de fazer esta reflexão sob o título acima, pois a história de Cleópatra com os estadistas romanos é um testemunho atemporal da força sutil e poderosa da sedução feminina no sentido legítimo e positivo. Cleópatra não conquistou apenas pelo encantamento de sua beleza, mas pelo brilho de sua inteligência, pela audácia de sua estratégia e pelo carisma que emanava de sua presença. Este episódio histórico nos convida a refletir sobre o que realmente torna uma mulher capaz de envolver e cativar, não apenas um homem, mas qualquer ser humano, no território da afetividade.
A verdadeira sedução vai além do físico. O que desperta um homem e o mantém atraído é a combinação de várias qualidades que refletem profundidade e encanto. O toque carinhoso, o olhar atento, a palavra amorosa e o sorriso acolhedor são armas sutis, mas poderosas. No entanto, é a inteligência emocional que verdadeiramente diferencia.
"Uma mulher não deseja apenas o homem alfa ou protetor, mas também aquele que é capaz de ser vulnerável, carinhoso, cortês e atencioso."
Uma mulher que demonstra sabedoria, argúcia e empatia é capaz de criar um laço que transcende o imediato. O aspecto juvenil, com sua vivacidade e frescor, pode atrair inicialmente, mas é a capacidade de compreender, perdoar e nutrir a relação que mantém a chama acesa. Seduzir é também respeitar e valorizar a individualidade do outro, enquanto se constrói um vínculo de admiração mútua.
Do ponto de vista psicanalítico, a mulher busca em um homem não apenas força, mas segurança emocional. Jung fala sobre a integração do “Animus” (a representação masculina no inconsciente feminino) e do “Anima” (a representação feminina no inconsciente masculino), enfatizando que os relacionamentos bem-sucedidos acontecem quando essas energias se complementam. Freud, por outro lado, apontava que os relacionamentos afetuosos são marcados pela troca constante de desejos, sonhos e necessidades inconscientes.
Uma mulher não deseja apenas o homem alfa ou protetor, mas também aquele que é capaz de ser vulnerável, carinhoso, cortês e atencioso. A força física ou de liderança impressiona, mas a capacidade de ouvir, acolher e cuidar constrói uma conexão duradoura. A reciprocidade é o alicerce de qualquer relacionamento saudável.
Para que um relacionamento seja perene, ele precisa ser nutrido diariamente, como uma planta que depende de água, luz e cuidado. O casamento, ou qualquer vínculo afetivo profundo, deve ser reinventado ao longo do tempo. Conversas sinceras, revisões periódicas do que se espera e se deseja, e a renovação dos compromissos são fundamentais para manter a relação viva.
A cada ciclo de tempo – seja cinco anos ou até menos – é essencial “reassinar” o contrato emocional: sentar, conversar e perguntar-se mutuamente se ainda estão dispostos a crescer juntos. Isso não significa ignorar as diferenças, mas aprender a lidar com elas, transformando desafios em oportunidades de crescimento mútuo.
"No fundo, a conquista e a manutenção de uma relação afetiva dependem de uma soma de esforços: o amor, a tolerância, a capacidade de escuta e o desejo de reinventar o “nós” "
O amor, como dizem os espíritas, é eterno enquanto se move na direção das estrelas – é uma força universal que transcende o ego e conecta as almas. Ele se manifesta de várias maneiras: na capacidade de perdoar, de tolerar os defeitos do outro, de ser indulgente e compreensivo. Mimos, gentilezas diárias, e a habilidade de valorizar os pequenos gestos mantêm o vínculo fresco e vivo.
Mas o amor também precisa de diálogo, de ajustes e de renovação constante. Não se pode viver um casamento ou relacionamento sólido baseado na inércia; é preciso recriar o laço, redescobrir o outro e fortalecer a conexão com base em novos propósitos e sonhos compartilhados.
No fundo, a conquista e a manutenção de uma relação afetiva dependem de uma soma de esforços: o amor, a tolerância, a capacidade de escuta e o desejo de reinventar o “nós”. A cada dia, regamos a planta do relacionamento com gestos de carinho, compreensão e renovação.
Afinal, o amor, como sugere a visão espírita, é infinito dentro do campo da alma. Ele transcende os limites terrenos, viajando na direção das estrelas, para ser não apenas eterno enquanto dure, mas também inesgotável na essência que nos une como seres humanos na direção do firmamento, que faz matrimônio com o infinito na pluralidade das existências.
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*É natural de Dianópolis (TO),
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