ESPECIAL: Academia Barreirense de Letras comemora 20 anos
ESPECIAL: Academia Barreirense de Letras comemora 20 anos
Data de Publicação: 20 de maio de 2025 23:23:00 A Academia Barreirense de Letras (ABL) comemora 20 anos de trajetória, destacando suas contribuições para a literatura e a cultura regional, com a presença de renomados confrades e apresentações artísticas.
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Imortais da ABL e convidados (Foto: Antônio Oliveira) |
Por Antônio Oliveira
A Academia Barreirense de Letras (ABL) celebrou seus 20 anos de fundação e atividade reunindo imortais, confrades e confreiras de várias academias baianas, incluindo representantes da Academia de Letras da Bahia e da Rede de Integração Cooperativa das Academias de Letras da Bahia (RICA). O evento ocorreu na noite desta terça-feira no Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho, localizado no Centro Histórico da cidade. Durante a celebração, todos os presentes puderam desfrutar de apresentações da bem afinada Banda 25 de Maio, da Prefeitura de Barreiras, além de coreografias de dança, declamações de poesias e diversas homenagens.
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Em entrevista ao blog/Cerrado Editorial, a presidente da ABL, professora Marilde Guedes, em sua reflexão sobre os 20 anos de jornada pela literatura em Barreiras, descreve essa trajetória como um período de crescimento e desenvolvimento constante. Ela ressalta que se trata de muitas conquistas, uma vez que a ideia de um grupo de entusiastas, que não chegava a 10 pessoas, se transformou em uma grande instituição.
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Maribel recebe homenagem da presidente Marilde e do
vice Théo de Araújo, da ABL (Foto: Antônio Oliveira)
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- Celebrar a cultura, celebrar 20 anos, celebrar desafios, conquistas e perspectivas. A noite de hoje para a Academia Barreirense de Letras é uma noite histórica. É uma noite que nos enche de orgulho e nos proporciona um enorme prazer, pois sabemos que podemos continuar - afirma a professora.
Quanto à interação entre a academia e a sociedade barreirense, Marilde destaca que essa relação tem sido a melhor possível, graficamente evidenciada pela significativa aceitação que a academia recebeu, não apenas no âmbito educacional, mas em toda a cultura de maneira geral.
- Barreiras abraçou a academia e nos dá o suporte necessário para que os membros possam se desenvolver e produzir, literalmente, espalhando conhecimento, cultura, poesia e literatura. Por isso, afirmamos que somos acolhidos dia após dia, e é assim que estamos celebrando 20 anos - conclui.
Maribel Oliveira Barreto, representante da RICA, compartilha sua análise sobre o papel da Academia Barreirense de Letras no contexto das academias baianas.
- A Academia Barreirense está de parabéns pelos 20 anos de realizações que têm impactado a sociedade, não só através da rica literatura, com muitos autores atuantes produzindo obras para crianças, jovens e adultos. Além da literatura, a academia tem cumprido um papel educacional, artístico, cultural e social destacável – disse ela.
Maribel destaca ainda que a ABL faz algo inovador:
- Ela sai das quatro paredes da sua sede e vai até as escolas e as ruas da cidade, algo que deveria ser um padrão. Acredito que deve servir de referência para outras academias do Estado da Bahia.
Em um momento em que a cultura, especialmente a literatura, enfrenta desafios e é relegada a segundo plano, Maribel aponta a importância das academias.
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Foto: Antônio Oliveira |
- Elas têm a função de motivar a criação de novos escritores, especialmente através da educação formal, indo às escolas e mostrando às crianças que elas também podem criar suas histórias. A futura academia será composta pelos alunos de hoje, que se tornarão os profissionais do amanhã. Portanto, quanto mais a academia investir no incentivo à produção literária entre os estudantes, maior será a garantia de sua longevidade. Esse é o verdadeiro papel da academia - conclui.
História
Em uma cerimônia realizada neste mesmo Centro Cultural Rivelino Silva de Carvalho, no dia 20 de maio de 2005, foi criada a Academia Barreirense de Letras, com a presença de autoridades estaduais e municipais, incluindo o então prefeito Saulo Pedrosa.
A fundação foi liderada por Luiz Gonzaga Pamplona (in memoriam), que se tornou o primeiro presidente, tendo como vice a professora e escritora Ignez Pita de Almeida. O secretário foi Durvalino Nunes (in memoriam) e a tesoureira, Lélia Rocha (in memoriam). Também integraram o grupo inicial os escritores José Agostinho Porto (in memoriam) e Antônio de Pádua, além das autoras Solange Tavares da Cunha e Etelvira Wanderley Moreno (in memoriam).
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Sede da ABL (antigo Paço Municipal), no Centro
Histórico de Barreiras (Foto: divulgação)
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Ignez Pita de Almeida assumiu a presidência na sequência, seguida por Vinicius Azolim Lena, Luiz Pamplona (em seu segundo mandato), Miriam Hermes, Solange Tavares da Cunha, Ananda Lima e Valney Dias Rigonato.
Desde sua criação, a Academia tem sido um pilar para o desenvolvimento artístico e cultural na região oeste da Bahia, promovendo lançamentos de livros, saraus, e eventos em escolas e universidades, além de participar da Bienal do Livro no Parque e dos Festivais Literários de Barreiras (Flibs).
A entidade é composta por 30 cadeiras dedicadas a escritores locais, além de cinco membros correspondentes.
Com inforações da ABL.
Nota do editor
Tenho acompanhado de perto a atuação da Academia Barreirense de Letras (ABL), que se destaca como defensora e promotora da literatura e da cultura, especialmente em sua interação com a sociedade e, em particular, com os estudantes. Seu trabalho é verdadeiramente exemplar. Desejo sinceramente que essa instituição tenha uma vida duradoura, sempre enriquecendo a cena cultural de nossa região.
Celebro, além disso, os laços fraternais e literários que Barreiras sempre manteve com o Tocantins, antigo norte goiano. Esses vínculos têm raízes profundas, desde os tempos dos Braga em Barreiras e os Wolney de Dianópolis. Por obra do destino — ou de algo que não consigo explicar —, este escritor e jornalista tem procurado dar continuidade a essa tradição por meio de minha atuação no jornalismo, na literatura e nas conexões familiares, profissionais e afetivas.
Sempre digo que tenho das terras para chamar de minhas.
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